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domingo, 24 de abril de 2016

EL ROSEDAL DEL PRADO

                                                Fonte de imagem: Internet





Em abril deste ano pensei que iria morrer

Sem conhecer o Rosedal de Montevidéu.

Tratei de conhecê-lo antes que...

Servi-me da cor champagne no ar

Lilases nos olhos e rubores nos lábios...

Atrás do véu.

E aguardei a guardiã do Rosedal

(Com seus alfarrábios)

- Minha convidada - com um sorriso.

Ela, desavisada, não veio ao meu encontro;

No Uruguai ela serviu-se de outras exuberantes flores

E me deixou, sob o chapéu azul,

Um mar de rosas, pétalas sobre pétalas.


Em abril deste ano pensei em ver o Rosedal Del Prado...

Tratei de conhecê-lo antes que...

Pensei roubar rosas para ornar meus cabelos

No paraíso.

Ora! Impossível apanhar as rosas sem contemplar espinhos,

Mas ainda não conheço do Rosedal Del Prado.

No caminho
Entre mim e o Rosedal

Cruzam os continentes as primaveras...

E eu permaneço espreitando paisagens no inverno

De minha inércia. Permaneço ainda que...

A espera.

E pouco ou quase nada saio.

A partir de então,

Nada dura mais que tantas horas...

Muitas horas... Eternidade de um desmaio!

Sou outono, outono no coração do Rosedal

De minha imaginação.

Mesmo que não venha mais ninguém ao meu encontro

Com rosas

Em outubro envelhecerei sessenta anos,

Com ar jovial

De um pequeno botão do Rosedal.



Autora: Valéria Áureo