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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Meninas deitadas na relva



                                                                    Ilustração: Internet



Deitadas na relva 
As meninas olham 
E apontam  o  céu...
                                                                           
Um quadro em branco de nuvens;
Um quadro azul com borrões;
Um quadro vazio de cores;
Um quadro cheio de rumores.
As meninas deitadas na relva
E a cor que suportam ver:
Verde de selva?

Fica explícito no vazio
O que inventam no espetáculo
De cores pintadas de branco,
No absoluto branco, o oráculo
- Querer ou não querer ver: estrelas?
Sol, espuma, estátuas no ar,
Mar e barco?...
Naquilo que não tem mácula.

Tereza não vê nada:
Nem obra e nem criação;
No invisível não há nada...
Não há quadro.Não há clarão;
Há uma montanha de algodão.
Bruna vê além da luz a escuridão;
Amália vê o vermelho, a fagulha
A agulha na malha do inesperado
- Brum!Trum! Tudo apagado.
E todas veem o raio
E todas ouvem o trovão. 


Autora: Valéria Áureo
27/11/2014


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