Hoje não seria apropriado para alardes, intrigas vespertinas,
Nem mórbidas mordidas à moda de morcegos cegos no dia.
Hoje não seria apropriada a nostalgia da noite sem luz e estilo.
Nem breu a incomodar do holofote a purpúrea ousadia.
Hoje nada é apropriado - nada à rebeldia;
Nem para me dizer palavras sem brilho,
Sem as carícias matutinas...
Que se apague tudo: a rispidez, à revelia
Da estrela D'alva.
Hoje seria dia de flores e perfumes
De malva;
De malva;
Da libélula transformadora, mensageira de alegria,
Que transita no ar, na água e salva
O dia.
Tempo que enaltece, alegra e ilumina;
Dia de voar
E acender os vagalumes.
Autora: Valéria Áureo
escrito em 20/09/2013