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sábado, 3 de janeiro de 2015

Libélula e vagalume








Hoje não seria apropriado para alardes, intrigas vespertinas,

Nem mórbidas mordidas à moda de morcegos cegos no dia.

Hoje não seria apropriada a nostalgia da noite sem luz e estilo.

Nem breu a incomodar do holofote a purpúrea ousadia.

Hoje nada é apropriado - nada à rebeldia;

Nem para me dizer palavras sem brilho,

Sem as carícias matutinas...


Que se apague tudo: a rispidez, à revelia

Da estrela D'alva.

Hoje seria dia de flores e perfumes
De malva;

Da libélula transformadora, mensageira de alegria,

Que transita no ar, na água e salva

O dia.

Tempo que enaltece, alegra e ilumina;

Dia de voar

E acender os vagalumes.




Autora: Valéria Áureo
escrito em 20/09/2013